sexta-feira, 19 de março de 2010

ciclo

E mais uma vez, volto a entender aquela velha designação de estar perto mas mesmo assim estar longe. Dia após dia sinto um muro impossível de escalar que separa os nossos corações, que apenas permite alcançar o que já foi, sem nunca poder tocar o que poderá voltar a ser.
Agarras e voltas a largar. O monótono ciclo que é gerido por interesse, mais uma vez voltou ao principio. A ilusão já não é minha amiga, ela finalmente permitiu-me ver o que se passa à minha volta. E o que vejo? O que mais temia, nada.

segunda-feira, 1 de março de 2010

fim

Diz me porquê. Explica-me, quero te entender.
Não entendo como pudeste me largar, e agora me voltar a querer prender como se nada fosse. Quero ser livre, quero deixar de estar presa a ti. Mas porquê, porquê que não me deixas ir? Ao mínimo sinal consegues-me. Sinto-me ridícula por ainda te amar, depois de tudo ...
Quero que tudo volte ao antes. Olharmo-nos e limitarmo-nos a imaginar como tudo foi diferente. Melhor, assim eu encaro cada olhar nosso. Fizeste-me ver o fim, e agora estás a fazê-lo novamente.

Outro dia, mais um dia, outro igual aos outros. Limitado pela tua imagem e por tudo o que já passámos. Será que tudo isto nunca mais passa? Estou farta de virar a cada esquina, e cada uma me lembrar um momento nosso, tão nosso.

Espero o definitivo "fim". até lá...

"É ter com quem nos mata lealdade"

... ser-te-ei fiel.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Início

Primeiro dia de blog - um novo começo, uma outra saída. O que hoje aqui criei é para mim um novo refúgio. Talvez seja uma maneira absurda de assim o descrever, mas sinto que é a mais apropriada.

Primeiro dia de muitos :) deixo aqui, uma dos vários poemas que mais me inspiram:


"Recomeça

Recomeça...


Se puderes,


Sem angústia e sem pressa.


E os passos que deres,


Nesse caminho duro


Do futuro,


Dá-os em liberdade.


Enquanto não alcances


Não descanses.


De nenhum fruto queiras só metade.





E, nunca saciado,


Vai colhendo


Ilusões sucessivas no pomar.


Sempre a sonhar


E vendo,


Acordado,


O logro da aventura.


És homem, não te esqueças!


Só é tua a loucura


Onde, com lucidez, te reconheças. "


Miguel Torga